A confiança do consumidor brasileiro atingiu seu quarto recorde negativo este ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador recuou 2,3% na passagem de junho para julho, atingindo 82 pontos. Na comparação com julho de 2014, a queda foi de 23,1%.

“A queda em 2015 vem sendo influenciada pela insatisfação e pessimismo em relação à economia e piora da situação financeira das famílias”, diz, em nota, a coordenadora da pesquisa, Viviane Bittencourt. “Diante deste cenário, o consumidor retrai seu ímpeto para compras diminuindo ainda mais as possibilidades de melhora do cenário atual”.
Na passagem de junho para julho, a queda foi puxada pela piora na percepção dos consumidores sobre a situação atual, que recuou 5,2%. As expectativas, que vinham se mantendo estáveis nos últimos dois meses, também tiveram queda, de 2,4%.

“Entre os quesitos que medem o grau de otimismo em relação ao futuro próximo, a maior queda neste mês foi do indicador de Intenção de compras de bens duráveis nos próximos seis meses. O indicador que mede o ímpeto para compras nos próximos meses caiu 3,5%”, diz a FGV.

Faixas de renda
A piora na confiança foi mais sentida entre os consumidores de renda menor: para as famílias que ganham até R$ 2,1 mil mensais, a queda foi de 5,4% em julho. Para quem ganha desse valor até R$ 4,8 mil, a queda foi de 1,4%.

Entre os consumidores cujas famílias têm renda entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, a confiança ficou estável. Já entre as que ganham acima desse valor houve piora, com queda de 4%.

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